quieta no escuro do quarto, esperando a noite trazer o sono
mil borboletas a girar cabeça em mim: a lembrança dos irmãos, a potência do amor guardado, as palavras que não desabrocham, as flores que não chegam, o vento que bate a porta, o azul do voo que não parte, o cais do porto em que não se banha...
.
tenho dormido como quem sonha
flashes a iluminar o escuro, reverberando agruras
cavalos a solapar a matilha dos passos: a impaciência com a impaciência do homem, o berro no último trago, o gole seco da sede, o abraço vão pela metade, a miragem da partida, o rasgo da última palavra corrompida, o queixume do azedume...
.
tenho acordado como quem vive
clareiam as gotas profundas no peito, co(u)raçando novos dias
pássaros a adentrar malocas no corpo: o giro eterno da infância, a dança do encontro ao acaso, o céu abarcando meus seis lados, a nuvem (branca!) que o enfeita, o bom caos da brandura, a potência da paz que faz nascer coisas belas, a estrela que surge sem nome ofuscando os laços, o movimento do amor inaugurado em instantes – voos constantes...
pra que reverberar no vazio, quando ouvidos escuros não ouvem? sol amanhece na casa de quem o verso toca, dá brilho na luz de quem a alma versa. cessa o coração fraco daquele a quem o frio da superfície gela. insanos poetas e suas fraquezas de rasgar poesias... seus livros nunca serão escritos. páginas de vida ao meio. quero da vida o inteiro! . boa semana aos que insistem em ser todo em cada coisa!
que o amor venha me desalojar do fácil, me comprimir em versos e valsas, saltar minhas veias em criacão. criação de novos e grandes afetos, mais e belos amores, com seus sangues e fraturas. pra que eu aprenda a unir, juntar as forças do bem, que pré-existem às negativas!
ao primeiro olhar da manhã raios profundam da janela imensidão de sol nela imersa em cor escancarada
surpresa em vista resplandece vidas amora o dia em batidas urgentes recolhe sabores derretidos e segue... escorrega jsgkabckbkjabckabdi hbdhcjvakjbvajkvbjasa