o sol me chama a ser sol.
a ser mais sol.
quente e aberto.
espalhar-me em amarelo. espelhar-me. refletir-me.
os dias vêm e vão e minha natureza se aprofunda.
vem do profundo da terra... quente.
pra voltar com a raiz, em punho, erguida.
sou terra, sol, mãe que não se esquece.
e choro porque tenho água e nela preciso me banhar.
e nada disso é tristeza - nem o choro.
é apenas o modo como desabrochei hoje.
outro modo de mim, bobo e tolo.
como a criança que só mais tarde se revela.
as mãos abertas, os braços firmes para o abraço
no peito, certo desembaraço
junto à grandeza de querer brincar e sorrir mais do que um dia pôde.
a quem compartilha com ela o sono sabe:
mais forte é o sol que no seu peito se abre
o sol com um sorriso no canto da folha,
como o desenho que fazia na infância.
e tudo mais é desatino de quem só está aprendendo a andar
e o sol a pino revela as sombras da vida que não há.
(Sabiaguaba, Fortaleza-CE, 04 de fev. 2011)
a ser mais sol.
quente e aberto.
espalhar-me em amarelo. espelhar-me. refletir-me.
os dias vêm e vão e minha natureza se aprofunda.
vem do profundo da terra... quente.
pra voltar com a raiz, em punho, erguida.
sou terra, sol, mãe que não se esquece.
e choro porque tenho água e nela preciso me banhar.
e nada disso é tristeza - nem o choro.
é apenas o modo como desabrochei hoje.
outro modo de mim, bobo e tolo.
como a criança que só mais tarde se revela.
as mãos abertas, os braços firmes para o abraço
no peito, certo desembaraço
junto à grandeza de querer brincar e sorrir mais do que um dia pôde.
a quem compartilha com ela o sono sabe:
mais forte é o sol que no seu peito se abre
o sol com um sorriso no canto da folha,
como o desenho que fazia na infância.
e tudo mais é desatino de quem só está aprendendo a andar
e o sol a pino revela as sombras da vida que não há.
(Sabiaguaba, Fortaleza-CE, 04 de fev. 2011)