vida, trabalho, presentes, pesquisas realizadas

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

sa-cer-do-ti-sa

toma vitamina de tomate, jamelão e castanha.

embrulha o estômago, bota pra fora o que antes sujara lá dentro.
descobre: é hora!

escreve, vai embora nas linhas dos movimentos diários para a liberdade!
instropecta a razão para fazer-se cheia de sis de si, por si, não de outrem, por outrem.

e a carta do dia sacerdotiza a irmã do interior e anuncia caminhos de reflexão e ponderação: quietude, contemplação, espera.

o momento de dentro saúda o de fora sem procura ou ânsia por respostas...

à espreita da planta que brota não por seu bel prazer, mas por ter em si reais e naturais necessidades de viver.

NAMASTÊ!



terça-feira, 6 de outubro de 2009

e como disse...

... uma amiga minha sabida:

eu devo estar numa fase de desintoxicação.

taí! deve ser isso mesmo! :)

P.S.: saudade da Lia!

domingo, 4 de outubro de 2009

silêncio para o acordar de novos dias

Era cedo ontem quando vi a lua cheia dum canto diferente da casa. Sempre chego tarde e a vejo bem em cima do meu quarto, alimentando-me de luz. Hoje não é dia de sair nem de ouvir o telefone tocar. É tempo de desligamentos e de preparar o coração, a mente e a alma para novos encontros, novos laços, novas estradas, novos banhos de mar.

Volto-me para a lua, daquele novo lugar. Ela, grande, cheia, deixa-me maior, enchendo-me de força e luz! Despeço-me para entrar no quarto e cuidar do que é meu. É preciso pensar em arrumar não só o quarto, mas a casa... a da alma e a do lugar que ocupa o corpo. Meu corpo às vezes se perde por aí... transita a esmo. Só depois da sacudidela ele cai em si.

Mais tarde, transponho minha força para o trabalho, a fim de fechar as portas entreabertas. Quero alimentar-me do silêncio e emergir no que for produtivo. Depois descubro o que pede minha alma. A hora não é agora... e ao mesmo tempo é sempre, toda hora.

Lá se vem a lua andando para cima do meu quarto. Já se faz tarde da noite, quase cedo da manhã. Tenho muito mais o que fazer, mas deitar os olhos no sono faz bem.

Cabeça no travesseiro, lembro que ser feliz é ter consciência da felicidade dos momentos mais inusitados, especialmente dos momentos de sabedoria e silêncio.

Silencio, então, com a luz da lua cheia de outubro, esse mergulho em mim... e durmo. Para o acordar de novos dias de consciência.

sábado, 3 de outubro de 2009

Tati, a garota

(Composição: Dori Caymmi / Paulo Cesar Pinheiro)

Era uma criança tão singela
Só que Deus pôs dentro dela
Um mistério da tristeza

Era inocente
Sem saber que a dor que sente
Era herança de uma dor maior
Com esse olhar tão só

Caminha essa criança tão sozinha
Numa estrada que não volta
Nunca mais

Ah, se eu pudesse fazer
Você jamais crescer
Eu ia cuidar de você

Qual nada
É uma criança já marcada
À mercê de triste herança
Solidão, dor e distância
Pra viver a infância como nunca mais